6 de setembro de 2010

Paraná é um dos maiores produtores de cebola do País


    Ela é considerada como um dos principais temperos do mundo. Amada por uns, odiada por outros, esse legume, que tem sua origem no continente asiático e encontrou no Brasil um bom lugar para se desenvolver, possui como particularidade arrancar lágrimas de quem a corta.
    Quinto maior produtor da leguminosa, atrás apenas dos estados de Santa Catarina, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, a safra paranaense 2009/2010 foi satisfatória, embora tenha ficado um pouco abaixo das expectativas, se comparado com a produção 2008/2009, devido ao excesso de chuvas. O principal destino da cebola produzida aqui é o mercado paranaense mesmo, mas às vezes ela emplaca nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
    De acordo com o economista do Departamento de Economia Rural (Deral), entidade que faz parte da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Marcelo Garrido Moreira, a cebola paranaense ocupa uma fatia de 9% no mercado nacional. A área de cultivo foi de 7.637 hectares, 5% a mais do que o registrado na safra anterior.
    "Se as intempéries não nos atrapalhassem, teríamos um desempenho melhor do que a do período 2008/2009. Mas no geral, os produtores não tiveram muitos problemas com o produto", afirma.
    Geralmente, a cebola é considerada como a segunda fonte de renda de uma propriedade rural. "Geralmente quem planta cebola produz outras variedades de legumes e verduras, uma vez que ela só dá uma safra por ano. Mesmo assim, este alimento possui um certo destaque, pois 5,5 mil famílias espalhadas em aproximadamente 120 municípios a plantam, o que gera um total de 130,2 mil toneladas", explica o economista.
    Moreira alerta que a cebola exige conhecimento de quem a planta e não é muito indicada para o que ele chama de aventureiro. "Pode parecer estranho que um produto simples exija uma série de cuidados. Essa cultura só é indicada caso o produtor queira trabalhar com seriedade, pois é necessário saber qual fertilizante utilizar, quais as sementes, entre outros", avalia.
    Ele diz ainda que por conta da busca dos aprimoramentos técnicos de quem planta cebola, a produção paranaense subiu de 4.164 quilos por hectare para 17.048 quilos/hectare.
    "Esta evolução deve-se ao trabalho realizado pela Seab e pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) junto aos demais parceiros da cadeia produtiva da cebola e os agricultores", conta.
Fonte: Correio Brasiliense